Câncer de próstata: combinar exames de imagem e sangue pode reduzir custos

Câncer de próstata: combinar exames de imagem e sangue pode reduzir custos

Para reduzir danos e custos no rastreamento do câncer de […]

By Published On: 11/04/2022

Para reduzir danos e custos no rastreamento do câncer de próstata, um novo estudo sugere a combinação de exames de sangue e de imagens, realizados por ressonância magnética. Os resultados foram obtidos pelo Instituto Karolinska, na Suécia, e publicados na revista European Urology.

Na análise, os pesquisadores sugerem o uso do modelo de risco “Stockholm3”. Neste método, o teste de PSA é utilizado junto a variáveis ​​clínicas e marcadores biológicos — de proteínas plasmáticas e polimorfismos de nucleotídeo único.

Com o Stockholm3, ressonância magnética e biópsias (direcionadas e sistemáticas), o estudo conseguiu manter a sensibilidade para detecção de cânceres considerados clinicamente significados. Assim, a previsão da análise indica que essa forma de triagem reduziria as mortes associadas ao câncer de próstata em 7% a 9% ao longo da vida (quando comparada à falta de triagem).

Além de reduzir o número de diagnóstico de cânceres em baixo risco de saúde, a junção de métodos reduziu em 9% o número de biópsias desnecessárias. A investigação também sugere que o uso do Stockholm3 reduz em 60% o número de ressonâncias magnéticas ao longo da vida.

Redução de custos para identificar o câncer de próstata

Na análise por QALY (anos de vida ajustados pela qualidade), a triagem somente com PSA e ressonância magnética é considerada de alto custo. Por outro lado, a triagem com estes elementos junto ao Stockholm3 foi considerada de custo moderado.

Para avaliar o impacto econômico, a combinação de métodos foi testada na Suécia. Entretanto, os pesquisadores reforçam que o modelo de simulação possui código aberto e pode ser adaptado com facilidade para avaliar como seria o uso do Stockholm3 com ressonância magnética em outros países.

“Esta nova combinação com o Stockholm3 pode economizar recursos de saúde e reduzir os custos sociais, enquanto mantém os benefícios para a saúde da detecção precoce do câncer de próstata”, afirmou Shuang Hao , principal autor do estudo e estudante de doutorado no Departamento de Epidemiologia Médica e Bioestatística do Karolinska Institutet.

Atualmente, o Stockholm3 está disponível para ser usado clinicamente em países europeus como Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia, Espanha e Alemanha e deve continuar se expandindo para demais países neste ano.

Redação

Equipe de jornalistas da redação do Futuro da Saúde.

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NATALIA CUMINALE

Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.

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