Vacina contra Covid-19: crianças e adolescentes serão imunizados?

Vacina contra Covid-19: crianças e adolescentes serão imunizados?

A campanha de vacinação contra a Covid-19 segue em andamento

By Published On: 23/06/2021

A campanha de vacinação contra a Covid-19 segue em andamento em diversos estados do Brasil. Enquanto lugares como o município de Itaporã, no Mato Grosso do Sul, e os estados do Ceará e Rio de Janeiro já anunciaram incluir jovens de 12 a 17 anos no público a ser vacinado, outros locais ainda não abriram a campanha para o público geral.

Nos casos citados, foi possível realizar essa abertura pois estes locais utilizam ou irão receber uma quantidade de doses da vacina da farmacêutica Pfizer — o Ceará, por exemplo, aguarda a chegada de mais de 93 mil doses —, que é a única com aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para imunizar menores de 18 anos. A farmacêutica também foi uma das primeiras a realizar ensaios clínicos em menores de 16 anos e atualmente está ampliando os testes da substância para crianças de 5 a 11 anos. Nos Estados Unidos, onde essa substância foi usada com maior amplitude, mais de 4 milhões de jovens de até 17 anos já foram vacinados.

A vacinação dos mais novos não está prevista ainda no estado de São Paulo, por exemplo. Para que isso ocorresse, seria necessário mais doses do imunizante da Pfizer.

Até o momento, no Brasil estão sendo utilizadas as vacinas Oxford-AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer, sendo as duas primeiras utilizadas há mais tempo e em maior escala. Em breve, imunizantes de outros fabricantes devem entrar no catálogo, como a Covaxin, ButanVac e Janssen — que teve a entrega de 1,5 milhões de doses antecipadas nesta terça-feira (22).

No início de junho deste ano, a farmacêutica SinoVac anunciou que a CoronaVac estava aprovada para ser aplicada em jovens de 3 a 17 anos. Assim, a China foi o primeiro país a aprovar a vacinação em crianças. Entretanto, para a substância ser utilizada nessa faixa etária no Brasil, ainda deve passar por avaliação para ser incorporada à bula aprovada pela Anvisa.

Já as vacinas Oxford-AstraZeneca, Janssen e Covaxin ainda estão em fase de testes em crianças e adolescentes. As duas primeiras estão avaliando a segurança e eficácia de seus imunizantes nos jovens de 6 a 17 anos. Já a Covaxin está em triagem para realizar ensaios clínicos em crianças de 6 a 12 anos.

Segundo o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), cerca de 23.411 crianças foram internadas sob o diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), quadro que pode ou não estar relacionado à infecção por coronavírus. Apesar das crianças não estarem no grupo de maior risco, elas ainda podem ser contaminadas pelo vírus. E muitas vezes, os casos podem passar despercebidos, manifestando-se com sintomas diferentes daqueles vistos em adultos.

Redação

Equipe de jornalistas da redação do Futuro da Saúde.

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NATALIA CUMINALE

Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.

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  • Rafael Machado

    Jornalista com foco em saúde. Formado pela FIAMFAAM, tem certificação em Storyteling e Práticas em Mídias Sociais. Antes do Futuro da Saúde, trabalhou no Portal Drauzio Varella. Email: rafael@futurodasaude.com.br

  • Karina Fontão e João Guerra

    João Carlos de Campos Guerra, MD, MBA, PhD é médico hematologista, onco-hematologista e patologista clínico. Professor assistente do programa de pós-graduação stricto sensu em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein. Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Atua como coordenador médico do Setor de Hematologia e Coagulação do Departamento de Patologia Clínica e é responsável pelo Setor de Hemostasia e Trombose do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Possui MBA em Gestão de Saúde e Governança Corporativa pelo Insper. É vice-presidente do Conselho de Administração do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp).

    Karina Fontão é diretora médica executiva da AstraZeneca Brasil. Com mais de 20 anos de experiência no setor farmacêutico, Karina já atuou na gestão médica de produtos maduros no ambiente de Atenção Primária, de produtos avançados e complexos no campo da Oncologia, Reumatologia, Gastroenterologia e Cardiologia, além de medicamentos designados órfãos e tecnologias médicas. Karina é formada em medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com especialização em Pediatria e Pneumologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e MBA pela FIA Business School. Sua experiência inclui passagens por mercados nacionais e internacionais em empresas como Roche, Amgen, Abbvie, Edwards Lifesciences, entre outras.

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