O primeiro caso de coronavírus no Brasil foi confirmado há um mês, na quarta-feira de cinzas. Hoje, contabilizamos 2.500 infectados e 60 mortos.
Desde a confirmação, parece que vivemos numa montanha russa. O cenário muda toda hora. As mensagens de “fiquem em casa” começam a perder espaço para “a vida precisa continuar”. Especialistas (poucos) e políticos sugerem que tudo isso é um exagero: um remédio muito forte para curar uma “gripezinha”. Ao mesmo tempo, vemos corpos empilhados do outro lado do mundo. Médicos morrendo. Famílias que não podem se despedir.
É um período de medo e de incerteza. O que vai acontecer se o número de casos explodir? O próprio ministro da Saúde previu um colapso no sistema em meados de abril. E o que vai acontecer com as pessoas se o país parar? E por quanto tempo parar?
Em um mês, a guerra contra o coronavírus virou palanque político. Quando, na verdade, os cientistas deveriam ser os únicos com direito a definir o que é dito no palanque. É a ciência que vai responder se vamos poder voltar a circular e de qual forma isso poderá ser feito.