Social health: troca de experiências entre pacientes cresce nas redes sociais
Social health: troca de experiências entre pacientes cresce nas redes sociais
Nova pesquisa da Health Union indica que a troca de
Nova pesquisa da Health Union indica que a troca de informações e experiência entre pacientes nas redes sociais, conceito chamado de social health ou saúde social, é cada vez mais relevante para pessoas que vivem com condições crônicas. Dentre os principais resultados do levantamento, realizado com 2.371 pacientes entre 26 de julho e 2 de agosto de 2021, está o fato de que a utilização destes canais fez com que 2 em cada 3 pacientes se sentissem menos sozinhos em sua condição de saúde.
De acordo com a pesquisa da Health Union, a saúde social permitiu que 86% dos pacientes entendessem melhor sua condição e 73% se comunicassem melhor com seu médico. Junto a isso, 8 a cada 10 pacientes afirmaram citar informações coletadas online em conversas.
Além disso, as comunidades de saúde online também ajudam a exercer a saúde social. Na pesquisa, 95% dos participantes afirmaram utilizar recursos sociais online por motivos de saúde. Nessa questão, uma análise publicada pela Health Union no Journal of Medical Internet Research, indica que com engajamento, moderação e suporte é possível promover conversas seguras e produtivas no meio digital.
Quando pacientes mais engajam na saúde social
A Health Union também apurou quais as situações que mais engajam os pacientes nas redes sociais, porque este entendimento permite que os profissionais da saúde envolvam os pacientes com maior habilidade. Segundo o relatório, a saúde social é mais utilizada nas seguintes situações:
- 74% dos pacientes recorrem à saúde social ao compreender os resultados dos exames. Segundo a pesquisa, os pacientes utilizam esse meio para conversar sobre as emoções sentidas antes dos exames e enquanto aguardam os resultados. Nos casos específicos das comunidades de oncologia, há inclusive o termo scanxiety ou ansiedade do diagnóstico.
- 74% dos pacientes usam a saúde social para conhecer um novo medicamento ou tratamento. Os pacientes que se consideram como “ativos” no tratamento costumam procurar com maior frequência informações sobre novos medicamentos. Além disso, também procuram por outras opiniões na internet.
- 72% recorrem à saúde social no momento do diagnóstico. Segundo a Health Union, essa situação é vista com mais frequência em comunidades de doenças autoimunes. Isso porque a conversa com experiências de longa data estimula a confiança nos recém-diagnosticados.
- 69% dos pacientes procuram a saúde social ao apresentar sintomas novos ou diferentes.
- 65% recorrem à saúde social ao iniciar ou trocar medicação ou tratamento. Um dos exemplos são as mulheres com endometriose, que conversam sobre a terapia hormonal ideal.
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NATALIA CUMINALE
Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.