Saúde da mulher, câncer e longevidade

Saúde da mulher, câncer e longevidade

Se levarmos em conta as previsões que estimam que as neoplasias malignas serão a principal causa de óbito no Brasil até 2030, precisamos agir com mais rapidez e envolver a sociedade na atuação em prevenção, diagnóstico e tratamento

By Published On: 23/08/2023

O Brasil deve registrar, neste ano, 362.730 mil casos de câncer em mulheres, segundo os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). As doenças cardiovasculares ainda são as que mais matam as mulheres no Brasil. Porém, se levarmos em conta as previsões que estimam que as neoplasias malignas serão a principal causa de óbito no Brasil até 2030, precisamos agir com mais rapidez e envolver a sociedade na atuação em prevenção, diagnóstico e tratamento. O evento “Saúde da Mulher e Longevidade”, realizado no início de agosto, em São Paulo, reuniu mais de 300 profissionais de saúde, especialistas e autoridades como a ministra da saúde, Nísia Trindade, o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, e a Secretária da Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad.

Foram debatidos os diversos aspectos que impactam na saúde integral da mulher. Com ênfase na Oncologia, reconhecemos que existe uma limitação das ferramentas e no atendimento, que refletem algumas desigualdades em nosso país.

Ressaltei, em minha apresentação, um estudo brasileiro apresentado no Congresso Americano de Oncologia deste ano (ASCO 2023), que analisou o banco de dados de 19 hospitais do Rio Grande do Sul.

Verificamos, a partir do cruzamento destas informações, que a mortalidade de uma mulher com câncer de mama atendida no serviço público é 40 % maior do que a de pacientes do sistema privado.

Também, de forma inovadora, o Instituto Vencer o Câncer promoveu um interessante debate sobre diversidade e o cuidado de pessoas LGBTQIA+, os preconceitos na jornada das pacientes oncológicas, colocando na pauta o que é saúde da mulher e longevidade para diversos perfis.

Como destacou a CEO da Orentt, Valéria Ribeiro, esses temas foram tratados “como prioridade e levantamos a importância de falar sobre políticas públicas”.

Precisamos, cada vez mais, unir autoridades, profissionais de saúde e sociedade para debater a longevidade com qualidade, para que as mulheres sejam protagonistas, também, no seu cuidado.

Fernando Maluf

Diretor Associado do Centro Oncológico da Beneficência Portuguesa de São Paulo, membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e fundador do Instituto Vencer o Câncer. É formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, onde hoje é Livre Docente. Possui Doutorado em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialização no Programa de Treinamento da Medical Oncology/Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em New York.

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Diretor Associado do Centro Oncológico da Beneficência Portuguesa de São Paulo, membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e fundador do Instituto Vencer o Câncer. É formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, onde hoje é Livre Docente. Possui Doutorado em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialização no Programa de Treinamento da Medical Oncology/Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em New York.

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NATALIA CUMINALE

Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.

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    Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, com as reportagens, na newsletter, com uma curadoria semanal, e nas nossas redes sociais, com conteúdos no YouTube.

  • Marlene Oliveira

    Formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes. É Empreendedora Social e Presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, organização que dedica esforços para nutrir a população brasileira com informações qualificadas e oferecer orientação sobre as políticas públicas de saúde. Para o Triênio 2019 – 2021, Marlene Oliveira é também Conselheira no Conselho Nacional de Saúde (CNS). É a idealizadora da Campanha Novembro Azul, movimento que ao longo dos anos tornou-se uma ação de domínio público e a maior em prol da saúde do homem no país, e também criadora do Global Forum – Fronteiras da Saúde, evento internacional que discute os desafios e tendências da saúde no Brasil

  • Redação

    Equipe de jornalistas da redação do Futuro da Saúde.

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