Como a relação médico-paciente influencia no tratamento

Como a relação médico-paciente influencia no tratamento

Com o avanço da tecnologia e o crescimento da telemedicina,

By Published On: 15/10/2021
relação médico-paciente

Com o avanço da tecnologia e o crescimento da telemedicina, a reflexão sobre uma boa relação médico-paciente sempre surge como uma preocupação. Entretanto, há uma tendência por parte de centros de saúde e profissionais de tentar humanizar cada vez mais esse relacionamento.  

Segundo especialistas, uma boa relação médico-paciente envolve bastante confiança e responsabilidade. Um bom relacionamento traz inúmeros benefícios e uma boa experiência na jornada do paciente no centro de saúde, sendo capaz de fazer com que o paciente se sinta acolhido e muito mais confortável para seguir no tratamento, juntamente com a sua família. Ou seja, há uma melhora na adesão aos tratamentos, o que aumenta também as chances de sucesso dos mesmos.

Relação médico-paciente e adesão ao tratamento

relação médico-paciente

Com uma relação de confiança, informação e atenção, o paciente percebe que tem autonomia e liberdade para tirar todas as suas dúvidas com o médico. Dessa forma, ele fica mais confiante e tranquilo, o que aumenta as chances de seguir o tratamento. Isso também acontece quando o médico demonstra ouvir o paciente e o deixa participar de forma consciente das decisões. Ao se sentir participando do seu plano de cuidados, ele deverá aderir ao tratamento proposto com maior facilidade, tendo ainda estímulo para voltar para mostrar os resultados.

Além disso, quando o médico foca nas necessidades do indivíduo, esse tende a ficar mais satisfeito e aberto. Assim, o paciente também se sente mais confortável para descrever seus sintomas, e por sua vez, o médico tem possibilidade de gerar um diagnóstico mais preciso. Com isso, o tratamento proposto deverá ser mais assertivo e, dessa forma, o paciente tende a segui-lo até o fim, já que estará vendo resultados. 

 O médico então conseguirá atingir as expectativas do paciente. A satisfação de um bom atendimento não tem preço. As chances de retorno daquele paciente ao centro de saúde só aumentam. 

Benefícios para os médicos

Em relação ao médico, há outros benefícios além da satisfação pessoal de saber que está fazendo um bom trabalho. Com um diagnóstico mais preciso devido à melhor comunicação com o cliente, a tendência é a diminuição de chances de erros clínicos.

As reclamações também deverão diminuir. Quando o profissional presta um atendimento de competência juntamente com a humanização, a sua comunicação com o paciente fica mais eficaz. Dessa forma, os benefícios desse atendimento se refletem tanto na relação médico-paciente como na própria assistência à saúde. Por fim, a fidelização do paciente também será algo positivo para o profissional de saúde.

Como deve ser a relação médico-paciente

relação médico-paciente

Segundo especialistas, na hora do atendimento, que é o primeiro contato do paciente com o centro de saúde, o médico e sua equipe devem tratar o paciente de forma cordial, ágil e individualizada. Posteriormente, durante a consulta, o médico precisa saber criar um ambiente confortável e acolhedor, principalmente quando percebe que o paciente está aborrecido com a sua enfermidade e/ou com o tempo de espera para sua consulta. Para evitar isso, precisa procurar ser pontual. 

O profissional deve olhar no rosto do paciente enquanto ele fala e expõe o seu problema. Trata-se de uma pessoa, e não mais um número. Por isso, precisa ouvi-lo com atenção, pois às vezes isso faz a maior diferença no fortalecimento da relação médico-paciente. Passar a consulta olhando para a tela do computador ou celular impede que a conexão ocorra e pode atrapalhar, inclusive, a hora de ouvir a história do paciente.

Ainda precisa estar apto para lidar com as contestações que o paciente faz, bem como as interferências familiares de quem o acompanha. Deve criar a oportunidade de diálogo com o indivíduo, para depois poder fazer a anamnese, que é necessária para o diagnóstico. 

O médico também tem o dever de ser sincero e ao mesmo tempo diplomático, sabendo passar as informações – favoráveis ou não – ao paciente de forma humana. Precisa ser claro e objetivo ao explicar os diagnósticos e termos técnicos, os motivos sobre cada exame, conduzindo os mesmos com calma e tranquilidade. Ele precisa oferecer o seu conhecimento ao paciente, mas isso só terá êxito se vier com tranquilidade, atenção e respeito.

O que fazer para estabelecer vínculo

Conforme citamos anteriormente, saber conversar e ouvir o paciente é fundamental para estabelecer vínculo. Porém, existem alguns fatores importantes nesse processo:

Escuta ativa

Ser um bom ouvinte é um diferencial muito grande na hora da consulta e demais procedimentos. O paciente se sente à vontade para falar sobre o que o incomoda, suas inseguranças, dúvidas e sentimentos. Quando nota que o médico está realmente o ouvindo com atenção, com interesse e concentração e se possível sem nenhuma interrupção, ele se sente mais seguro e confiante no profissional. 

Empatia

Empatia é algo muito eficiente e bem-vindo em qualquer profissão. Na medicina então, mais ainda. Quando o médico tem a capacidade de se colocar no lugar do paciente e entender o que ele sente, consegue compreender muito melhor as suas necessidades. Assim, cria um vínculo de interesse com o paciente, com o interesse de resolver o problema dele.

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Melhora da comunicação não verbal

Um profissional diferenciado não se baseia somente na fala e na escuta, mas também na linguagem corporal do paciente. A forma como ele olha, o tom de voz, a postura, as expressões faciais. Isso traduz muitas vezes o que o cliente não diz e também estabelece um vínculo. O médico que tem esse tato e essa percepção com o paciente e o recebe com carinho e interesse, preocupado e atento a sua linguagem corporal, melhora muito essa empatia e o deixa muito mais tranquilo desde o início.

Evitar linguagem científica na relação médico-paciente

Muitos termos técnicos utilizados pelos médicos devem ser deixados de lado ao explicar um exame ou diagnóstico para o paciente. É muito importante falar na linguagem dele, procurando se fazer entender da melhor forma possível. Além disso, verificar se ele está compreendendo tudo que está sendo dito, vendo se não tem nenhuma dúvida. Quanto melhor o médico adapta a linguagem científica à realidade das pessoas ao explicar, mais próximas se sentem dele. Assim, mais benéfico é o resultado.

Instruções por escrito e material educativo

Instruções por escrito sempre têm uma boa repercussão, pois demonstram carinho e empenho em melhorar e manter a saúde daquele paciente. Com o material, o médico elimina eventuais dúvidas, oferece mais informações sobre a doença e tratamento e também ajuda o paciente a lembrar de medicamentos, não esquecer certas recomendações e inclusive memorizar datas de futuras consultas e exames. Todos esses apontamentos só têm a beneficiar mais ainda a relação dele com seu médico.

Futuro da Saúde

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Redação

Equipe de jornalistas da redação do Futuro da Saúde.

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NATALIA CUMINALE

Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.

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