Praticar exercícios físicos com máscara não causa danos à saúde

Praticar exercícios físicos com máscara não causa danos à saúde

Usar máscara durante exercícios físicos intensos não causa danos à

By Published On: 10/03/2021

Usar máscara durante exercícios físicos intensos não causa danos à saúde de pessoas saudáveis, sugere novo estudo publicado no European Respiratory Journal

O estudo, realizado pelo Centro Cardiológico Monzino e pela Universidade de Milão, na Itália, analisou detalhadamente o desempenho físico, atividade cardíaca e a respiração de 12 pessoas ao utilizar máscaras durante exercícios físicos  em uma bicicleta ergométrica.

Os participantes eram seis mulheres e seis homens na faixa dos 40 anos. Cada um passou por três testes: exercícios sem usar máscara, com máscara cirúrgica e outro usando máscaras como a PFF2.

Os resultados indicaram que há pouco impacto no desempenho das atividades físicas. Foi detectado uma redução de 10% da capacidade de realizar exercícios aeróbicos. Pode haver também um pouco de dificuldade para inspirar e expirar usando máscaras.

O médico co-autor do estudo Dr. Massimo Mapelli, do Centro Cardiológico Monzino e da Universidade de Milão, disse ao EurekAlert: “Esta redução é modesta e, fundamentalmente, não sugere um risco para pessoas saudáveis ​​que fazem exercícios com máscara facial, mesmo quando estão trabalhando em sua capacidade máxima”. Com a evidência, o pesquisador acredita que possa tornar mais seguro a reabertura de academias nos locais em que isso é possível.

Contudo, Mapelli reforça que “Não devemos presumir que o mesmo seja verdadeiro para pessoas com problemas cardíacos ou pulmonares. Precisamos fazer mais pesquisas para investigar essa questão”.

Qual máscara usar?

Para a escolha de qual máscara utilizar, a Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, recomenda as que possuam pelo menos 3 camadas de proteção. 

Anteriormente já foi divulgado que esse tipo de máscara é a mais segura, por impedir a entrada de pequenas partículas através dos poros das máscaras. 

Agora, os pesquisadores descobriram que a proteção tripla de camadas em máscaras cirúrgicas impede que as grandes gotas de tosse ou espirro virem gotas pequenas (aerossóis), que são mais suscetíveis a permanecer no ar por longos períodos. Segundo modelos físicos, as gotículas maiores são mais rápidas e se dispersam com mais facilidade, a gravidade leva-as rapidamente para o solo. 

Portanto, a utilização de máscaras cirúrgicas de três camadas são mais eficazes na proteção contra o novo coronavírus e, consequentemente, em evitar sua propagação pelo ar.

Redação

Equipe de jornalistas da redação do Futuro da Saúde.

About the Author: Redação

Equipe de jornalistas da redação do Futuro da Saúde.

Leave A Comment

Recebar nossa Newsletter

NATALIA CUMINALE

Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.

Artigos Relacionados

  • Rosana Richtmann

    Infectologista do Instituto Emílio Ribas, Chefe do Departamento de Infectologia do Grupo Santa Joana e Membro dos Comitês de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia, de Calendários da Sociedade Brasileira de Imunização e do Comitê Permanente em Assessoramento de Imunização da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. É graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos e possui Doutorado em Medicina pela Universidade de Freiburg, na Alemanha

  • Rosana Richtmann

    Infectologista do Instituto Emílio Ribas, Chefe do Departamento de Infectologia do Grupo Santa Joana e Membro dos Comitês de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia, de Calendários da Sociedade Brasileira de Imunização e do Comitê Permanente em Assessoramento de Imunização da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. É graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos e possui Doutorado em Medicina pela Universidade de Freiburg, na Alemanha

  • Rebeca Kroll
    Rebeca Kroll

    Jornalista formada pela Universidade Federal de Santa Maria. Foi trainee do programa "Jornalismo na Prática" do Correio Braziliense, voltado para a cobertura de saúde. Premiada na categoria de reportagem em texto na 2ª edição do Prêmio de Comunicação de Saúde na Primeira Infância da Fundação José Luiz Egydio Setúbal.

Redação

Equipe de jornalistas da redação do Futuro da Saúde.