O desenvolvimento de um novo medicamento é bastante complexo. Dos primeiros estágios da pesquisa básica até a chegada ao mercado, há uma série de etapas que precisam ser cumpridas e servem para, dentre outras coisas, medir a eficácia e a segurança de determinada molécula. E é um processo que costuma levar anos – a pandemia trouxe aprendizados sobre as possibilidades de acelerar as fases, mas em linhas gerais pode demorar até mais de uma década. O mais recente episódio de Futuro Explica se debruça em aprofundar esta jornada da criação de um medicamento e de como funcionam as etapas de uma pesquisa clínica.
O processo se inicia com a pesquisa básica, onde os cientistas se dedicam a compreender a natureza da condição em foco. Nessa etapa, eles identificam os alvos biológicos relacionados à doença e, uma vez identificados, inicia-se a busca por compostos promissores. Após esta etapa, o composto começa seu processo de pesquisa clínica, que possui etapas bem definidas e servem de parâmetro para toda a comunidade científica.
De forma resumida, na fase 1, frequentemente envolvendo um número restrito de voluntários saudáveis, o foco está principalmente na avaliação da segurança do medicamento. Na fase 2, a ênfase muda para a eficácia do medicamento, muitas vezes testada em pacientes que sofrem da doença em questão. A fase 3, a mais extensa, busca confirmar os resultados anteriores em um número mais amplo de pacientes e considerando diversas variáveis, como frequência e duração do tratamento.
Após a conclusão dos testes clínicos e a comprovação da segurança e eficácia, o fabricante do medicamento submete os resultados às autoridades reguladoras, como a Anvisa, em busca de sua aprovação e registro para só então ser disponibilizado no mercado. E mesmo depois de disponível, há ainda a farmacovigilância, fase contínua em que aquele medicamento continua sendo monitorado para entender se realmente não causa efeitos adversos na população.
Confira o episódio completo: