Medicina integrativa: OMS intensifica ações para estimular evidências e fomentar prática
Medicina integrativa: OMS intensifica ações para estimular evidências e fomentar prática
Modalidade combina tratamentos convencionais e terapias complementares, visando não somente o tratamento de doenças, mas a prevenção e a promoção do bem-estar.
A medicina integrativa é uma abordagem de cuidado que busca combinar o melhor da medicina convencional com terapias como acupuntura, uso de plantas medicinais, homeopatia, ioga, dentre outras. Apesar de ser um assunto polêmico, tem atraído mais atenção em todo o mundo. Tanto que na semana passada a Organização Mundial da Saúde organizou a primeira edição do Summit Global de Medicina Tradicional, realizada em 17 e 18 de agosto na Índia.
Como resultado do encontro, a OMS está trabalhando em um documento que será batizado de Declaração Gujarat – nome da região onde o evento ocorreu -, que pretende definir cinco grandes pautas que deveriam nortear os próximos passos da área de medicinas tradicionais, complementares e integrativas (MTCI), nome oficial dado pela organização.
Ricardo Ghelman, presidente do Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa (Cabsin) e consultor para o tema na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), foi um dos 11 conselheiros internacionais que contribuíram para a construção do encontro e está formatando a versão final do documento. Ele adiantou que as cinco áreas são ação e liderança política global, saúde planetária e biodiversidade, cobertura universal de saúde, pesquisa, evidências e inovação e, por último, dados dos sistemas oficiais de informação em saúde.
Para ele, “o evento foi um momento histórico de uma construção de 20 anos da OMS”. Isso porque em 2003 a entidade começou a intensificar e organizar as ações em MTCI, solicitando que os países olhassem com mais atenção para adotar as práticas em seus sistemas de saúde. Mais tarde, em 2014, a OMS lançou a estratégia 2014-2023 para o tema. Na abertura do evento, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade, lembrou que na Assembleia Mundial e Saúde realizado esse ano, os estados-membro concordaram em estender a estratégia por mais dois anos até que o novo plano, que abrangerá 2025 a 2034, seja desenvolvido.
“Medicina tradicional não é uma coisa do passado. Há uma demanda crescente por essas práticas nos países, comunidades e culturas”, afirmou o diretor-geral em seu discurso de abertura. “É especialmente importante para prevenir e tratar doenças não-transmissíveis e saúde mental, além de promover o envelhecimento saudável. Pedimos a todos os países que se comprometam a examinar a melhor forma de integrar a medicina tradicional e complementar em seus sistemas nacionais de saúde”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 170 estados-membros já haviam solicitado evidências e dados para informar políticas, padrões e regulamentação para o uso seguro, econômico e equitativo da medicina tradicional. Realizado paralelamente à reunião ministerial de saúde do G20, o evento contou com a presença de ministros, cientistas, profissionais de saúde e membros da sociedade civil de 88 países para falar sobre o tema. Para Ghelman, esse fato ajudou a dar mais visibilidade ao tema: “Eu mesmo pude falar com a ministra Nísia Trindade durante a ocasião”.
O primeiro summit sobre MTCI promovido pela OMS é mais uma iniciativa que reforça a importância que o tema vem ganhando. Em março de 2022, também com o apoio da Índia, a OMS estabeleceu o Centro Global da OMS para Medicina Tradicional. O local tem o objetivo de mesclar a sabedoria ancestral com a ciência contemporânea em prol da saúde e bem-estar dos indivíduos e do meio ambiente. “Apesar de ser na Índia, o intuito é que seja um centro de fato global”, detalha Ghelman.
Por que a medicina integrativa é um tema polêmico
A implementação da medicina integrativa baseada em evidência foi um dos temas mais explorados durante o evento. Não à toa. Uma das principais controvérsias em relação à prática gira em torno da eficácia e segurança e da falta de evidências robustas. De modo geral, essas terapias não passaram pelos rigorosos ensaios clínicos que são padrão para medicamentos e intervenções, que avaliam critérios como segurança e eficácia antes da disponibilização para a população.
Antes do evento, em entrevista à Nature, Edzard Ernst, pesquisador de medicina complementar na Universidade de Exeter, no Reino Unido, e questionador da prática, afirmou “estar com receio de que o encontro vai resultar apenas em pensamentos positivos e banalidades.
Mas para o presidente do Cabsin pode ter sido um momento de virada. “O que mudou nos últimos 20 anos é que começou a se fazer pesquisa sistematicamente, estudos clínicos. É um momento de virada para a gente poder ampliar o modelo de cuidado em saúde sem perder toda a inovação tecnológica e tudo o que se construiu com a medicina convencional. Não é um movimento de alternativa, é um movimento de integração em vários níveis e de qualificação do cuidado a nível internacional”, afirma.
Segundo Ghelman, o Cabsin surgiu justamente dessa demanda. Ele foi criado em 2018 com o intuito de apoiar políticas públicas. Para tanto, provê evidências mundiais de forma sistematizada junto com a BIREME (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), da OPAS, por meio da confecção de mapas de evidências sobre a eficácia clínica das MTCI, em atendimento às necessidades do Ministério da Saúde. “Em parceria com pesquisadores, o consórcio vem desenvolvendo o mapeamento das melhores evidências por meio de revisões sistemáticas dos estudos clínicos, que é considerado o topo da pirâmide para a formulação de políticas públicas baseadas em evidências”, afirma. De acordo com ele, existem três apenas três consórcios acadêmicos do tipo no mundo: o brasileiro, um nos Estados Unidos e outro na Holanda.
O país norte-americano, inclusive, atua há tempos nesse campo. Em 1998, os Estados Unidos viram uma reestruturação significativa em seus institutos de saúde. O Congresso americano uniu o Centro de Medicina Alternativa (OAM, na sigla em inglês), estabelecido em 1992, ao NIH (Institutos Nacionais de Saúde). Como resultado, nasceu o Centro Nacional de Medicina Alternativa e Complementar (NCCAM) com um financiamento inicial de US$ 50 milhões por ano. Esse valor cresceu expressivamente, chegando a US$ 123 milhões em 2005. Uma década depois, em 2014, o centro passou por outra mudança de nome, sendo então chamado de Centro Nacional de Saúde Complementar e Integrativa (NCCIH).
Apesar do argumento que práticas alternativas poderiam levar a economia a longo prazo por promover a prevenção e o bem-estar geral, por outro lado, há o debate de que a medicina integrativa poderia aumentar os custos dos cuidados de saúde, incorporando terapias que não são estritamente necessárias. O Brasil atualmente oferece 29 terapias pelo SUS.
Além disso, nem todas as terapias consideradas na medicina integrativa são de fato realizadas por médicos. Por isso, existe a preocupação de que os profissionais que praticam as terapias alternativas possam não ter formação adequada em todas as modalidades que oferecem, o que poderia representar riscos para os pacientes. Outro ponto é que, como muitas práticas complementares não são regulamentadas da mesma forma que a medicina convencional, pode haver variações significativas na qualidade e consistência do tratamento.
Por fim, se não forem usadas corretamente, algumas práticas alternativas podem ser prejudiciais à saúde. Por exemplo, certos suplementos herbais podem interagir negativamente com medicamentos prescritos ou ainda o uso sem supervisão pode causar danos ao fígado. Dessa forma, os profissionais precisam trabalhar juntos para garantir a segurança do paciente.
Atual cenário da medicina integrativa no Brasil
Embora todo esse debate ainda esteja aquecido, o cenário da medicina integrativa no Brasil tem crescido, com cada vez mais práticas integrativas sendo incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). O país possui desde 2006 uma Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).
Inicialmente eram apenas cinco modalidades. Em 2017, mais 14 foram acrescentadas ao programa. Por fim, mais 10 novas práticas foram incorporadas no ano seguinte. Desde então, o SUS oferece de forma integral à população 29 procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares (PICS).
São eles: acupuntura/medicina tradicional chinesa, antroposofia, apiterapia, aromaterapia, arteterapia, ayurveda, biodança, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, dança circular, fitoterapia/plantas medicinais, geoterapia, hipnoterapia, homeopatia, imposição de mãos, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, ozonioterapia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, terapia de florais, termalismo social/crenoterapia e yoga.
Ricardo Ghelman, que também é médico e especialista em oncologia pediátrica, lembra que “de todas as 29 práticas incluídas na política do Brasil, só uma é brasileira: a terapia comunitária integrativa, do professor Adalberto Barreto”. O consultor da OPAS cita que a prática já é utilizada internacionalmente para diversas situações, como para reduzir burnout. “É utilizada até na guerra da Ucrânia”, aponta.
Ele também cita que há um trabalho em andamento em uma parceria do Consórcio Acadêmico Brasileiro com a Fiocruz na área de plantas brasileiras: “É um projeto de pesquisa importante de resgate histórico de uma lista perdida de 621 plantas medicinais prescritas pelos médicos brasileiros entre o século XVII e o século XX. É da flora nativa brasileira que foi se perdendo. Agora, estamos resgatando as pesquisas modernas, estudos clínicos, toxicológicos, para ver o que há de evidência”.
Segundo o Governo Federal, há atualmente 9.350 estabelecimentos de saúde que ofertam atendimentos individuais e coletivos em PICS nos municípios brasileiros. Os dados oficiais apontam que já foram mais de dois milhões desse tipo de atendimento Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além disso, ocorreram mais de um milhão de atendimentos na Medicina Tradicional Chinesa, incluindo acupuntura. Os atendimentos de fitoterápicos chegaram a 85 mil, enquanto os de homeopatias alcançaram 13 mil. Também houve 926 mil de outras práticas integrativas que não possuíam código próprio para registro, mas que passaram a ter com a publicação da portaria nº145/2017.
Ozonioterapia em pauta
Nas últimas semanas, uma dessas práticas citadas ganhou bastante destaque na mídia: a ozonioterapia. Isso porque, em meio a polêmicas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei no início de agosto que autoriza a terapia com ozônio em todo o território nacional. A técnica consiste na aplicação de ozônio e oxigênio na pele ou no sangue do paciente, com o objetivo de conter infecções ou aumentar a oxigenação do tecido. Entretanto, entidades como a Academia Nacional de Medicina (ANM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) se posicionaram publicamente pelo veto do projeto de lei diante da falta de evidências científicas que sustentem a indicação da prática. Além da falta de comprovação científica dos benefícios dessa prática, há ainda riscos para o paciente se o ozônio for administrado de forma inadequada ou por profissionais sem experiência.
O ozônio é classificado como “um gás com forte poder oxidante e bactericida” pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No mesmo dia que a lei foi sancionada, o órgão publicou um comunicado à imprensa em que ratifica que os equipamentos que utilizam a ozonioterapia aprovados por ela possuem apenas indicações para algumas finalidades: tratamento da cárie; periodontia; endodontia; cirurgia odontológica; aplicação estética para auxílio à limpeza e assepsia de pele.
De acordo com a lei, a realização da ozonioterapia passa a ser autorizada como terapia complementar, quando observadas algumas condições. Ela poderá ser realizada apenas por profissional de saúde de nível superior inscrito em seu conselho de fiscalização profissional e somente somente poderá ser aplicada por meio de equipamento de produção de ozônio medicinal devidamente regularizado pela Anvisa ou órgão que a substitua. Além disso, o profissional responsável deverá informar ao paciente que o procedimento possui caráter complementar.
A ozonioterapia foi aprovada pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) em 2015, mas não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para o tratamento de qualquer enfermidade. Em 2018, o Ministério da Saúde incluiu a terapia às práticas oferecidas pelo SUS.
Logo após a sanção da lei pelo presidente Lula, o CFM reiterou em nota que a terapia não tem reconhecimento científico para o tratamento de doenças e que a aplicação não está liberada. No dia seguinte, o Conselho convocou um grupo de trabalho com o objetivo de analisar possíveis evidências científicas recentes e de impacto que tragam dados sobre os graus de eficácia e de segurança desse procedimento para os pacientes.
O que é medicina integrativa
A medicina integrativa pode ser definida como uma abordagem de cuidado à saúde que busca tratar o paciente de maneira holística e personalizada. Ou seja, considera não apenas os sintomas físicos, mas também os aspectos emocionais, sociais, ambientais, espirituais e de estilo de vida que podem impactar na saúde. Ela envolve a integração de terapias convencionais e complementares. Dessa forma, visa promover a saúde e o bem-estar de forma abrangente.
Nessa perspectiva, a doença é vista não como um evento isolado, mas como o resultado de um desequilíbrio no sistema complexo que compõe o ser humano. Por isso, a medicina integrativa procura restaurar o equilíbrio e a harmonia do organismo como um todo.
A medicina integrativa sugere uma relação de colaboração entre o médico e o paciente no sentido de preservar a saúde. Além disso, coloca o paciente como protagonista no processo, posicionando-o como seu próprio promotor de saúde. Assim, também tem como base o respeito à singularidade do indivíduo.
Evolução da medicina integrativa
Antigamente, expressões como “medicina alternativa” ou “medicina holística” eram comumente usadas para denotar ideias que agora são agrupadas sob a bandeira da medicina integrativa. Essas práticas procuravam promover a saúde por meio de elementos como mente, corpo e espírito.
Durante as décadas de 1970 e 1990, principalmente nos Estados Unidos, houve um crescimento significativo no número de pessoas que recorriam à medicina alternativa como o único meio de tratar certas doenças. O movimento levou a uma redução no uso de tratamentos médicos convencionais e comprovados cientificamente. Isso fez com que os termos “medicina holística” ou “alternativa” fossem frequentemente associados a práticas de charlatanismo.
Contudo, muitos profissionais de saúde começaram a ver essas terapias como complementares aos tratamentos tradicionais. Com essa perspectiva integrativa, observou-se uma melhoria no bem-estar físico e emocional dos pacientes. Ainda, ampliavam as chances de recuperação ou diminuição dos sintomas.
Nesse contexto, a expressão “medicina integrativa” foi finalmente estabelecida. Desde então, vem conferindo sentido a uma gama de tratamentos que são agora reconhecidos e utilizados pela medicina convencional.
Terapias complementares na medicina integrativa
Um componente chave da medicina integrativa é a inclusão de terapias complementares e alternativas. O objetivo é complementar os tratamentos convencionais e promover a saúde de forma mais abrangente. As abordagens utilizadas são diversas. Vão desde técnicas ancestrais, como a acupuntura, até intervenções mais contemporâneas, como terapias de manipulação corporal. As principais delas são:
- Acupuntura: Originada na medicina tradicional chinesa, envolve a inserção de agulhas finas em pontos específicos do corpo. Estudos têm demonstrado que ela pode ser eficaz no tratamento de diversas condições, como dor crônica, ansiedade e insônia.
- Medicina herbal: Utiliza plantas e seus extratos para tratar uma variedade de condições. É preciso cautela com possíveis interações entre ervas e medicamentos convencionais.
- Homeopatia: É um sistema de medicina que usa doses minúsculas de substâncias naturais para estimular a capacidade do corpo de se curar. Pode ser usada em conjunto com outras terapias.
- Medicina mente-corpo: Foca na interação entre a mente, o corpo e o comportamento para influenciar a saúde física. Exemplos incluem meditação, ioga e técnicas de relaxamento.
- Terapia nutricional: Leva em consideração a dieta e a nutrição para prevenir e tratar doenças. Uma alimentação balanceada é vista como fundamental para manter a saúde e o bem-estar.
- Medicina Ayurvédica: Utiliza uma combinação de dieta, tratamentos naturais e práticas físicas e mentais para equilibrar o corpo.
- Terapia de manipulação corporal: Inclui técnicas como quiropraxia e osteopatia, que se concentram no sistema musculoesquelético para tratar condições.
- Terapias energéticas: visam manipular os campos de energia do corpo para promover a cura e o bem-estar, como o Reiki.
Embora essas terapias sejam complementares à medicina convencional, preconiza-se que elas sejam conduzidas por profissionais qualificados. Além disso, o paciente precisa informar todos os envolvidos em seu cuidado sobre as terapias que está utilizando. Assim, garantirá uma abordagem verdadeiramente integrada.
Abordagem multidisciplinar na medicina integrativa
Uma característica fundamental da medicina integrativa é a abordagem multidisciplinar, que envolve a colaboração entre médicos, terapeutas e outros profissionais de saúde. Ao mesmo tempo, isso representa um desafio, pois em um sistema de saúde fragmentado, muitas vezes essa integração não acontece e o paciente usufrui de serviço em serviço sem que necessariamente ocorra essa visão integrada – e, consequentemente, com a possibilidade de que os melhores resultados não sejam atingidos.
Outro conceito da medicina integrativa é que ela não exclui os avanços e práticas da medicina convencional. Ao contrário, a ideia é integrar a medicina convencional com abordagens complementares, valorizando o melhor de cada uma. Por exemplo, um paciente com dor crônica pode continuar a tomar medicamentos prescritos pelo seu médico, mas também pode ser encaminhado para um acupunturista para ajudar a gerir a dor, ou para um terapeuta nutricional para explorar mudanças na dieta que podem aliviar alguns dos sintomas.
Por isso, na medicina integrativa a colaboração entre médicos, terapeutas e outros profissionais de saúde é importante. O paciente é tratado por uma equipe de profissionais que colaboram e se comunicam para oferecer os melhores cuidados possíveis. Cada profissional tem uma perspectiva única e uma gama diferente de habilidades e conhecimentos que podem ser utilizados para beneficiar o paciente.
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NATALIA CUMINALE
Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.