ANS abre diálogo para inclusão de mulheres de 40 no rastreamento do câncer de mama
ANS abre diálogo para inclusão de mulheres de 40 no rastreamento do câncer de mama
Agência concedeu um prazo de 30 dias para entidades apresentarem evidências científicas sobre mamografia na faixa de 40 a 49 anos
A Agência Nacional de Saúde (ANS) concedeu um prazo de 30 dias para instituições apresentarem estudos científicos e dados técnicos para embasar recomendação de faixa etária para realização de mamografia no âmbito do Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção Oncológica (OncoRede). A decisão vem após manifestações contrárias de entidades de saúde e pacientes sobre um dos critérios de certificação do programa que estabelece o rastreamento proativo de mulheres de 50 a 69 anos.
A abertura de diálogo sobre o tema ocorreu em reunião de esclarecimento da consulta pública 144 na segunda, 27, com representantes de sociedade e entidades médicas. Durante o encontro, as entidades elogiaram a iniciativa da agência de promover um rastreamento organizado do câncer de mama, mas sugeriram a inclusão de mulheres de 40 a 49 anos. Agora, elas devem apresentar estudos que embasem esse critério.
Realizada entre 10 de dezembro e 24 de janeiro, a consulta pública coletou contribuições para o Manual de Boas Práticas em Atenção Oncológica (OncoRede) de operadores de planos de saúde, especialistas na área e outros interessados. Mais de 63 mil contribuições foram recebidas e devem ser analisadas pela ANS.
A reunião de esclarecimento dos tópicos da consulta contou com a participação do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
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NATALIA CUMINALE
Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.