A inteligência artificial generativa tem sido uma das principais pautas globais nos últimos meses, desde que o chatGPT foi aberto ao público. Se no ano passado o metaverso despontava como a principal tendência, este ano a IA generativa assumiu o protagonismo em alguns dos principais eventos de tecnologia no mundo, como o SXSW e o HIMSS – evento focado em tecnologia para saúde. E a saúde é justamente uma das áreas que mais podem se beneficiar dessa inovação. Este é o tema do mais recente episódio do Futuro Explica.
Diversas pesquisas mostram que os executivos do setor já estão dispostos a incorporar a IA generativa no dia-a-dia e até mesmo em seus protocolos. Como exemplos de uso prático e que já acontecem atualmente estão a implantação de chatbots – robôs que podem realizar o atendimento de pacientes simulando conversas humanizadas – seja para marcar consultas ou exames e assistentes que ajudam as pessoas a lembrar de tomar medicamentos. De uma forma mais avançada, a IA generativa também começa a mostrar seu potencial na leitura e interpretação de exames de imagem, preenchimento de prontuários eletrônicos e até desenvolvimento e descoberta de medicamentos, acelerando o processo da pesquisa ao acesso. Nos consultórios, a ideia é ainda diminuir o tempo gasto de médicos e assistentes com tarefas administrativas para que sobre mais tempo para realizar o atendimento ao paciente.
Contudo, há ainda desafios a serem superados. As próprias empresas que desenvolveram ferramentas, como a OpenAI, sinalizam que a tecnologia ainda não deve ser considerada definitiva para uso na saúde. O Google também está desenvolvendo sua tecnologia específica para a saúde, o Med Palm-2, mas ela ainda se encontra em fase experimental. Além disso, há uma discussão sobre os vieses na interpretação de dados, que podem prejudicar a questão do acesso e abrangência das soluções para todos os públicos. Mas fato é que parece ser um caminho sem volta.
Confira mais sobre esse tema no Futuro Explica dessa semana.