Gestão hospitalar: como a tecnologia traz benefícios para a área
Gestão hospitalar: como a tecnologia traz benefícios para a área
As empresas estão cada vez investindo mais em tecnologia. No […]
As empresas estão cada vez investindo mais em tecnologia. No contexto da saúde não poderia ser de outra forma, em especial na gestão hospitalar. Trata-se de uma área em que os dados precisam ser mantidos em sigilo como diagnósticos, exames, agendamentos, procedimentos médicos, entre outros tão importantes quanto. Nesse sentido, segundo especialistas, a tecnologia torna-se essencial para que essas informações possam ser gerenciadas de forma segura.
Mas, afinal, o que é gestão hospitalar?
Gestão hospitalar é tudo que engloba a organização, o gerenciamento e o monitoramento de processos dentro de um hospital. Além disso, o conhecimento de gestão hospitalar também é bastante aplicado a consultórios, laboratórios, clínicas, centros de saúde e todas as empresas ou instituições de saúde. Dessa forma, a missão do gestor hospitalar é promover a saúde e o bem estar das pessoas.
Além de todos os processos hospitalares, a administração desses locais abrange os tratamentos, os equipamentos, a equipe profissional e o principal: a metodologia de todos eles e a forma como eles se integram. Em tese, um profissional que trabalha na gestão hospitalar precisa garantir qualidade de vida e bem estar dos pacientes, da mesma forma que a qualidade da infraestrutura do local. Isso inclui uma série de contextos. Alguns deles: controle de agendas, organização de processos, administração das finanças, gerência de pessoas e equipamentos, transferências de pacientes, realização de exames e mais uma enorme gama de responsabilidades.
Dessa forma, profissionais da área dizem que gestão hospitalar é uma tarefa bastante desafiadora. Exige um profissional altamente competente em diversos níveis de conhecimento. E não é só isso: numa época de constante avanço tecnológico, esse cargo precisa vir aliado a um ambiente no qual a tecnologia esteja totalmente presente.
Em um dos episódios do Podcast do Futuro da Saúde, o médico Claudio Lottenberg, presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein e do Instituto Coalizão Saúde, explica que inovação não necessariamente tem a ver com a compra de equipamentos e a adoção de novas tecnologias. Confira abaixo o áudio:
Importância da tecnologia na gestão hospitalar
O ambiente hospitalar precisa de tecnologia para inúmeros setores. De acordo com especialistas, ela é essencial para que o contexto da saúde funcione bem. É interessante que o planejamento e a administração sejam baseados e principalmente integrados na Tecnologia da Informação. Assim, a gestão hospitalar simplifica esse conhecimento, e a eficácia operacional aumenta muito mais.
Cotrole de processos
Exemplificando a eficácia da gestão hospitalar, os equipamentos de tecnologia permitem controlar processos. Com isso, é possível ter uma visão mais ampla de todos os procedimentos internos da instituição, gerando uma administração ainda melhor dos mesmos.
Os serviços médicos podem se integrar, e a coleta de informações tende a criar um panorama mais ágil. Dessa forma, pode-se controlar as informações com mais facilidade. Exemplos: quantidade de atendimentos, de consultas, exames realizados, informações sobre medicamentos mais utilizados, doenças mais frequentes, entre outros.
Redução de erros médicos
Outro benefício que poderia vir da tecnologia é a redução dos erros médicos. A tendência é que o atendimento do próprio paciente se torna mais seguro quando o sistema hospitalar está informatizado, pois isso facilitaria o cotidiano de todos os profissionais que trabalham no local. E dos pacientes também.
Com um sistema inteligente, tudo tende a ficar mais organizado e facilitado. Basta lembrar das etiquetas de identificação dos pacientes: elas possuem dados importantes não somente para o eles próprios, mas principalmente para os médicos e demais profissionais. Na etiqueta, constam diversas informações, como localização e/ou número do quarto, restrições, medicamentos e alertas na sua administração, dosagens dos fármacos. Isso tudo sem dúvida reduz consideravelmente as chances de erros.
Segurança no acesso à informação
Também há a questão da segurança no acesso à informação. Segundo especialistas, o profissional de gestão hospitalar pode confiar com mais veracidade nos dados dos pacientes, caso o sistema esteja unificado em um único banco de dados. Desse modo, ele pode ter fielmente o cadastro de informações pessoais de todos os pacientes. Isso muitas vezes inclui consultas de históricos, internações, exames e outros procedimentos realizados, sejam eles antigos ou atuais. E um detalhe muito importante: esses dados podem ser consultados por pessoas autorizadas em qualquer dispositivo que esteja conectado à internet. Assim, com login e senha, os programas podem ser abertos e consultados.
Satisfação dos pacientes
E por fim, mas não menos importante, a satisfação dos pacientes. Em tese, toda e qualquer instituição de saúde que esteja integrada à Tecnologia de Informação na sua gestão hospitalar tende a evitar problemas diversos com os próprios pacientes, a ganhar economia de recursos e a otimizar o tempo em função da agilidade nos processos. A tecnologia pode gerar rapidez no atendimento médico. Consequentemente, isso faria os pacientes passarem menos tempo esperando – seja para uma consulta ou para a retirada de exames. O resultado final pode ser pacientes muito mais satisfeitos com o atendimento.
Tendências de tecnologia na gestão hospitalar
Sabemos que a tecnologia passa por constantes mudanças e está sempre se aprimorando. Por isso os profissionais de gestão hospitalar precisam estar sempre atualizados com as tendências, a fim de melhorar cada vez mais o seu trabalho. Citamos logo a seguir algumas tendências de tecnologia na gestão hospitalar. Elas podem melhorar – e muito – um empreendimento e todos que estão nesse contexto.
Uso de dados com base no histórico do paciente, para prever doenças
As ferramentas de big data possibilitam coletar dados, tratar e analisar toda e qualquer informação de forma rápida e precisa de até bilhões de clientes. Assim, podem-se mudar muitos panoramas futuros.
Um exemplo muito claro disso é o diagnóstico e a prevenção de doenças. Outro é a análise e investigação farmacêutica e clínica. Lembrando que não basta apenas um banco de dados, mas sim o diferencial do big data, que é justamente utilizar as informações que contribuem para uma decisão posterior.
Os dados podem vir de aplicativos que monitoram os pacientes e suas atividades. Ou seja, exames, consultas, registros médicos, prontuários eletrônicos podem ser acompanhados em tempo real. Eles tendem a deixar a medicina mais precisa, pois podem prever doenças com base no histórico familiar do paciente. Como a medicina abrange diversas áreas de pesquisa, pode-se trabalhar de forma preventiva ao utilizar uma das tendências de tecnologia em gestão hospitalar.
Impressora 3D
A impressora 3D cria objetos sólidos tridimensionais feitos de plástico ou resina sintética. Ela é capaz de: recriar órgãos dos pacientes e os estudar antes de um procedimento cirúrgico; criar réplicas fiéis ao órgão desejado, facilitando uma intervenção cirúrgica de forma impressionante; desenvolver próteses e talas para imobilização de membros fraturados; produzir braços robóticos e inclusive ossos para cirurgias de implante; e elaborar modelos de medicamentos de acordo com a estrutura biológica do paciente.
Num futuro próximo, o plástico poderá ser substituído por células, como já vem acontecendo. Dessa forma, talvez seja possível imprimir células-tronco embrionárias, tecidos, pele e até órgãos para transplantes. Assim, o risco de rejeição pode ser reduzido ou quem sabe até mesmo eliminado.
Realização de consultas remotas e monitoramento com dispositivos wearables
As consultas virtuais já são uma realidade dentro das tendências da tecnologia na gestão hospitalar. Além da consultas médicas a distância com o uso de videochamadas pelo computador ou dispositivos móveis, há novas tecnologias que permitem ir além.
Como exemplo, temos os wearables, que são dispositivos que podem ser vestidos ou usados como acessório. Com eles, o paciente pode ser verificado pelo profissional no conforto da sua casa, enviando os sinais vitais e relatando como está se sentindo. Isso é feito por meio de relógios de pulso, pulseiras, faixas abdominais, entre outros. Esses objetos podem medir a frequência cardíaca, respiratória, pressão arterial. Também podem ser verificados dados mais avançados, como glicemia e distúrbios de sono.
Com base nos dados enviados, o médico já pode ter um laudo. Futuramente, muitos outros contextos da saúde poderão ser coletados através de dispositivos wearables e enviados ao médico instantaneamente, a fim de já alertar o profissional no caso de algo fora do comum.
Assim, o paciente é monitorado de perto, dentro da sua rotina. É algo que beneficia em especial os idosos, que em geral precisam de mais assistência e de forma muitas vezes contínua.
Utilização de tablets
Já existem os prontuários eletrônicos dentro das tendências da tecnologia na gestão hospitalar. A evolução para uma tecnologia mais digitalizada pode deixar o papel quase que obsoleto. Assim, o tablet pode ser utilizado pelo médico na avaliação e prescrição de medicamentos dos pacientes. Essa tecnologia tende a facilitar alterações de prontuário, inclusão de procedimentos ou medicamentos, que podem ser feitas em qualquer lugar do hospital. Ou seja, as falhas diminuiriam, enquanto a agilidade no atendimento aumentariam.
Armazenamento na nuvem
Essa é uma das tendências da tecnologia na gestão hospitalar que tem um grande potencial. Além de poder ser acessado de qualquer aparelho eletrônico com acesso à internet, o paciente pode verificar o prontuário eletrônico. E ainda pode ser acessado por diversos profissionais, em diversos locais ao mesmo tempo. Em outras palavras, seria uma enorme contribuição para a integração do sistema de saúde e satisfação dos pacientes.
Agendamento Online
A possibilidade de agendar sua consulta ou exame online está tomando uma proporção cada vez maior nos hospitais, segundo profissionais. Através de um portal ou aplicativo, o gerenciamento de horários fica totalmente automatizado, transformando beneficamente a gestão hospitalar. Isso é capaz de possibilitar uma enorme organização de demandas. E de facilitar também a confirmação das próprias consultas, o que reduz os diversos prejuízos que uma ausência causa.
Robótica e Inteligência Artificial
Por fim, para operações mais precisas feitas a distância, a robótica já está sendo testada em algumas instituições. Assim, a inteligência artificial criaria um panorama cada vez mais avançado no quesito tecnológico.
Essas inteligências futuramente devem auxiliar médicos e gestores nas pesquisas de medicamentos, criação de tratamentos e avaliações de riscos em cirurgias. Então, que venha o futuro.
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NATALIA CUMINALE
Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.