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Estudo brasileiro analisa dificuldades da jornada do paciente com diabetes

A pesquisa "Tudo em dia - Enfrentando os Desafios do Diabetes" visa analisar as dificuldades de acesso e tratamento de diabetes no Brasil, a fim de desenhar novas soluções.

               
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O aumento dos diagnósticos de diabetes no mundo tem feito com que a doença esteja sendo considerada uma epidemia. Nesse contexto, o Brasil aparece em quinto lugar com a maior prevalência da doença, com 16.8 milhões de diagnósticos. Um novo estudo do Instituto Tellus com o apoio da Novo Nordisk analisou a jornada do paciente com diabetes e os desafios de acesso a tratamentos desses pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS).

A primeira fase da pesquisa “Tudo em dia – Enfrentando os Desafios do Diabetes”, realizada entre os períodos de novembro de 2020 e julho de 2021, destacou principalmente os desafios da jornada do medicamento.

Neste contexto, foram analisados o trajeto e a forma como os remédios chegam aos pacientes nas cidades de Aracaju (SE), Distrito Federal (DF), Itanhaém (SP) e Pelotas (RS). Além de depoimentos de especialistas, farmacêuticos, servidores públicos e usuários. Com isso, o estudo observou que:

  • Estados e municípios apresentam capacidade limitada de armazenar medicamentos. Entre os exemplos, cita-se a insulina, que necessita de cuidados especiais, como a refrigeração;
  • Existem unidades de saúde que não contam com sistemas digitalizados para controle de estoque e dispensação de medicamentos. Logo, o controle acaba sendo feito de forma manual;
  • Algumas UBSs sofrem com a alta rotatividade de médicos. Como consequência, muitos históricos de saúde dos usuários acabam se perdendo.

Possíveis soluções no combate à diabetes

Após estas observações, os pesquisadores afirmam terem identificado 45 oportunidades de atuação do projeto “Tudo em dia” – que propõe ajustes de rota para impactar de forma direta o acesso dos pacientes às medicações.

Para responder a essa questão, o estudo priorizou soluções relacionadas à comunicação, cuidado, políticas públicas e parceria. Entre os exemplos, são citados:

  • Elaboração de materiais lúdicos e de fácil entendimento com orientações acessíveis sobre alimentação saudável e atividades físicas;
  • Mutirões de rastreamento de pessoas com diabetes ou pré-diabetes não diagnosticadas ou não conhecidas da área de abrangência da UBS;
  • Descentralização da distribuição de insulina e insumos para o acesso da população em situações de vulnerabilidade;
  • Incentivo a parcerias com universidades para apoio de estudantes de educação física e nutrição para ações de prevenção ao diabetes.

Além de analisar a jornada dos medicamentos, o estudo tem como objetivo compreender o acesso e a jornada dos pacientes em geral. Assim, as próximas etapas devem analisar a atenção primária e secundária, a capacitação dos profissionais, programas e serviços, registros e monitoramento de dados. Uma combinação de elementos que podem responder a pergunta: “quais os principais desafios no tratamento e cuidado de pessoas com diabetes que utilizam o SUS?”

A estimativa é que os demais dados do mapeamento sejam divulgados a partir de outubro de 2022.

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