Cientistas identificam 4 novos sintomas relacionados à Covid-19

Cientistas identificam 4 novos sintomas relacionados à Covid-19

Na quarta-feira (10), pesquisa realizada na Imperial College London, no

By Published On: 11/02/2021

Na quarta-feira (10), pesquisa realizada na Imperial College London, no Reino Unido, indicou que novos sintomas se manifestam no quadro infeccioso da Covid-19. Os sinais também podem ser mais ou menos frequentes dependendo da idade do infectado. Para a longa lista de sintomas, agora atribuem-se também:

  • Calafrios
  • Falta de apetite
  • Dores de cabeça
  • Dores musculares

De acordo com os resultados, os calafrios se apresentaram em todas as faixas etárias, mas as dores de cabeça são mais recorrentes para os jovens de 5 a 17 anos de idade.

De 18 a 54 anos, além da falta de apetite, as dores musculares e tosse persistente também se destacam. Para os maiores de 55 anos, a falta de apetite é mais marcante.

Na nota, é apontado que tanto os sintomas já conhecidos, quanto os inéditos, podem indicar infecção por coronavírus.

Com sintomas tão similares a outras doenças, os cientistas entendem que há o risco de algumas pessoas se isolarem sem de fato precisar. Entretanto, a nova informação pode ajudar a facilitar diagnósticos por Covid-19 em 25%.

Além disso, o estudo também constatou que 60% das pessoas diagnosticadas com resultado positivo para o novo coronavírus não apresentaram sintomas na semana anterior a realização do teste.

Isso significa que de 100 pessoas, 60 são assintomáticas. Devido a essa condição, a recomendação de manter o uso de máscaras e distanciamento social é reforçada pelos especialistas. A falta de indícios físicos pode acarretar na transmissão do vírus, já que a carga viral – quantidade de vírus no organismo – das pessoas sem sintomas é tão alta quanto naquelas que apresentam.

Os resultados fazem parte do estudo integrante do REACT, pesquisa que monitora o coronavírus no Reino Unido. Para o levantamento, os cientistas analisaram os dados de 1 milhão de pessoas por meio de testes PCR – que identifica a presença do vírus através da amostra de secreções liberadas na respiração do paciente –, além de respostas de questionários de junho de 2020 a janeiro de 2021.

“À medida que a epidemia avança e novas variantes surgem, é essencial que continuemos monitorando como o vírus afeta as pessoas para que os programas de teste atendam às necessidades em constante mudança”, disse o Dr. Joshua Elliott, da Escola de Saúde Pública do Imperial College London. 

Vale lembrar que os sintomas comuns e mais conhecidos de Covid-19 são:

  • Febre
  • Falta de ar
  • Fadiga
  • Olfato e paladar afetado
  • Tosse seca
Redação

Equipe de jornalistas da redação do Futuro da Saúde.

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One Comment

  1. Renata Amador Pereira 12/02/2021 at 08:44 - Reply

    Infelizmente eu tive a experiência de todos os sintomas citados nesse texto.

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NATALIA CUMINALE

Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.

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  • Rosana Richtmann

    Infectologista do Instituto Emílio Ribas, Chefe do Departamento de Infectologia do Grupo Santa Joana e Membro dos Comitês de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia, de Calendários da Sociedade Brasileira de Imunização e do Comitê Permanente em Assessoramento de Imunização da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. É graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos e possui Doutorado em Medicina pela Universidade de Freiburg, na Alemanha

  • Rebeca Kroll
    Rebeca Kroll

    Jornalista formada pela Universidade Federal de Santa Maria. Foi trainee do programa "Jornalismo na Prática" do Correio Braziliense, voltado para a cobertura de saúde. Premiada na categoria de reportagem em texto na 2ª edição do Prêmio de Comunicação de Saúde na Primeira Infância da Fundação José Luiz Egydio Setúbal.

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