Ministério da Saúde lança cartilha de cuidado integral da pessoa com câncer de mama
Ministério da Saúde lança cartilha de cuidado integral da pessoa com câncer de mama
Cartilha é direcionado para profissionais da saúde de atenção primária e é composta por tópicos como encaminhamento seguro, direitos sociais e reconstrução de mama, práticas integrativas e complementares em saúde, cuidados paliativos, entre outros
O Ministério da Saúde lançou na quinta-feira, 17, uma cartilha voltada ao cuidado integral da pessoa com câncer de mama. Elaborado pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), o objetivo é orientar os profissionais da saúde na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. A cartilha é composta por tópicos como encaminhamento seguro, direitos sociais e reconstrução de mama, práticas integrativas e complementares em saúde, cuidados paliativos, entre outros.
O câncer de mama é o mais comum entre mulheres no Brasil, excluindo o câncer de pele não-melanoma, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Ainda segundo o instituto, estima-se que o país terá cerca de 73.610 novos casos de câncer de mama entre 2023 e 2025. A cartilha surge para garantir melhores resultados de saúde e qualidade de vida para a população. Entre as orientações, estão formas de como realizar um encaminhamento seguro após a detecção do câncer de mama e quais os direitos sociais das pessoas com câncer. O documento ainda inclui orientações sobre a reconstrução mamária, uma ação para ampliar o conhecimento sobre o direito disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes que tiveram uma ou ambas as mamas amputadas em decorrência do câncer.
Em nota, o Ministério da Saúde afirma que “a ideia é promover um acompanhamento mais proativo e cuidadoso, onde a mulher se sinta amparada, compreendendo os sinais do seu corpo, mas contando com o auxílio da equipe de saúde para a detecção precoce de eventuais sinais de câncer”.
O material “Orientações para profissionais da atenção primária à saúde no cuidado integral da pessoa com câncer de mama” enfatiza que o processo do diagnóstico não é inteira responsabilidade do paciente e cabe ao profissional de saúde proporcionar o suporte necessário para isso. Os profissionais de saúde são instruídos a fornecer um atendimento humanizado e acolhedor ao paciente, estando preparados para oferecer informações claras e acessíveis e ajudarem no monitoramento de recidivas, efeitos colaterais e questões relacionadas à saúde mental.
O documento abrange formas de detecção precoce do câncer de mama em mulheres que buscam as Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas também em homens – segundo o Inca, do total de casos da doença, 1% acomete homens, que tendem a ter um diagnóstico tardio, cerca de dez anos depois.

Capa da cartilha para câncer de mama
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NATALIA CUMINALE
Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.