Caroline Zago, líder de Enterprise Informatics da Philips: “Se dados de um hospital não se comunicarem, não gerarão benefícios para a tomada de decisão”
Caroline Zago, líder de Enterprise Informatics da Philips: “Se dados de um hospital não se comunicarem, não gerarão benefícios para a tomada de decisão”
Em entrevista ao Futuro da Saúde, a nova líder falou como a Philips está inovando para enfrentar os desafios atuais dos sistemas de saúde, entre eles a fragmentação de dados
A fragmentação dos dados é um dos maiores desafios do setor da saúde. Com cada fornecedor gerando e gerindo dados de forma isolada, fica difícil usar essas informações em decisões médicas e operacionais. De olho nesse contexto, a Philips lançou o Capsule Medical Device Integration, que consolida dados de mais de mil fornecedores de saúde e fornece, assim, uma visão integrada desse sistema. Lançada durante o Connect Day 2024, em outubro, em São Paulo, a plataforma pode servir para apoiar decisões clínicas, especialmente em áreas críticas como UTIs.
Em entrevista exclusiva ao Futuro da Saúde, Caroline Zago, da Philips, abordou o futuro da tecnologia na saúde, destacando a importância crescente da integração entre inteligência artificial (IA) e interoperabilidade para elevar a qualidade do atendimento. Zago assumiu, recentemente, a liderança da área de Enterprise Informatics da Philips na América Latina com foco em desenvolvimento de softwares. Na conversa, ela também fala sobre as soluções da empresa, como o Medical Device Integration e o AI Virtual Assistant, que prometem transformar a gestão e o uso de dados no cuidado ao paciente.
Durante a entrevista, a líder de Enterprise Informatics da Philips revelou que a companhia pretende intensificar parcerias com hospitais públicos, alinhada ao crescente interesse do Ministério da Saúde em digitalizar e modernizar o setor.
Leia abaixo os principais trechos:
A pandemia impulsionou o uso de tecnologias como IA e integração de dados na saúde. Desde então, quais foram os principais avanços e os desafios persistentes na saúde digital, na sua visão?
Caroline Zago: A pandemia realmente acelerou o uso de tecnologias; foi um potencializador que criou uma urgência imediata, exigindo que as discussões acontecessem de forma rápida, já que a situação se tornou, praticamente, uma questão de vida ou morte. Por um lado, isso foi positivo, pois trouxe um senso de urgência que ajudou a quebrar várias barreiras, inclusive culturais, especialmente no que se refere a pacientes e clientes. Ela também reduziu o ceticismo de alguns clientes em relação ao uso da tecnologia e aos seus benefícios. Além disso, gerou uma grande pressão sobre a gestão da mudança, já que a adoção de novas tecnologias ainda é uma das maiores barreiras. Esse senso de urgência e a enorme pressão sobre a gestão da mudança contribuíram muito. A pandemia, contudo, também evidenciou algo importante: as grandes lacunas que ainda temos na América Latina.
Que lacunas são essas?
Caroline Zago: Uma delas é a questão da regulamentação em relação à telemedicina, apenas para citar um dos inúmeros exemplos. Essa discussão já vinha sendo feita, eu diria, há mais de 10 anos. Estou na área da saúde há 23 anos, e essa discussão é muito longa, mas chegou um momento em que não houve outra opção, com a pandemia. Então, eu diria que esses elementos ficaram muito críticos durante a pandemia: primeiro, a urgência que a pandemia impôs para a implementação das tecnologias; e, segundo, a enorme pressão sobre a gestão da mudança. Esse change management foi um grande acelerador, não apenas para os hospitais e para os pacientes, mas também para setores como o bancário e de serviços na América Latina. Ele obrigou o paciente e o usuário a mudarem, levando o uso da tecnologia para todas as dimensões de suas vidas. A mudança não foi só na área da saúde, mas também no comportamento do paciente.
Como a Philips vê esse momento de aceleração e de que maneira a pressão contribuiu para a gestão da mudança?
Caroline Zago: A questão da aceleração da regulamentação, com o exemplo da telemedicina, também traz à tona o que mudou nos últimos cinco anos e os enormes gaps e necessidades que ainda temos na América Latina. Uma das questões mais latentes e urgentes é a fragmentação de dados, que é onde estamos tentando atuar mais e onde vemos uma grande demanda dos clientes por ajuda, especialmente da Philips e suas tecnologias. O que observamos é que os fornecedores estão trabalhando individualmente para obter melhores dados e extrair mais informações dos pacientes, cada um criando seus próprios insights e gerenciando dados com soluções de IA.
“No entanto, quando olhamos para a quantidade de fornecedores dentro de um hospital, percebemos que, se esses dados não se comunicarem, não gerarão grandes benefícios para os médicos, para a tomada de decisões, para o tratamento, para a decisão terapêutica, para o suporte à enfermagem e para a gestão de workflows”.
Embora tenha havido grande evolução na gestão individual dos dados de cada fornecedor, a falta de alinhamento e integração desses dados continua sendo um fator preocupante, que atrasa a tradução desses dados em benefícios clínicos, operacionais e financeiros para os pacientes, além de impedir um suporte mais adequado a eles.
E como a integração e o alinhamento dos dados consolidados podem beneficiar os pacientes clinicamente, operacionalmente e financeiramente, além de proporcionar um suporte mais eficiente e personalizado?
Caroline Zago: Esse é o desafio que a Philips busca enfrentar nos próximos 10 anos. Vendo essa necessidade, a Philips tem como objetivo, com o lançamento do Medical Device Integration (MDI) no Connect Today, de captar dados de mais de mil fornecedores diferentes, alinhá-los e gerar insights. Através da consolidação desses dados, que estão totalmente fragmentados, nosso objetivo é fornecer ao médico informações mais claras para a tomada de decisão, permitir que o serviço de enfermagem tome decisões mais assertivas e siga os passos terapêuticos indicados no prontuário do paciente, além de monitorar os indicadores de segurança do paciente de forma mais proativa. O MDI, especificamente o Capsule, foi projetado para ser implementado em ambientes de alta complexidade, como unidades de terapia intensiva, onde vemos que a integração de dados se torna ainda mais crítica. Em um ambiente desses, podemos ter mais de 50 dispositivos de diferentes fornecedores. Como essa é uma área de suporte crítico para o paciente, mas também de custo muito alto para os hospitais, qualquer ajuda para integrar essas informações pode resultar em uma desospitalização mais rápida e uma redução significativa nos riscos e ocorrências. Esse é apenas um exemplo de como, apesar de todo o avanço tecnológico identificado durante a pandemia, ainda há questões latentes e urgentes. A principal delas é organizar e integrar toda a tecnologia e dados desenvolvidos, de forma que tragam impactos realmente significativos, tanto clínicos quanto operacionais e financeiros.
A solução mencionada contará com parcerias? Como será essa dinâmica? Quais são os próximos passos e o que está planejado para este e o próximo ano?
Caroline Zago: O que a Philips está fazendo agora é o seguinte: o Capsule, essa solução MDI, já foi adquirida pela Philips há alguns anos e é uma solução muito madura nos Estados Unidos. Inclusive, ela foi um acelerador do Obamacare, e a aplicação dela no governo dos Estados Unidos ajudou na integração dos dados. No Brasil, estamos trazendo o MDI homologado com mais de 1.100 fornecedores. Neste primeiro momento, estamos começando a implementação da venda do Capsule para os locais onde já temos o Tasy, nossa solução de Electronic Medical Records, com vendas iniciais por canais diretos da Philips. Nos próximos três meses, a venda será expandida para canais indiretos. O grande benefício do Capsule é que ele é uma Vendor Neutral Solution, ou seja, ele não se aplica a uma marca específica.
“Não queremos cometer o erro dos últimos anos, de trazer uma solução que só serve para uma marca, pois isso não gera valor na saúde. O valor real só é gerado quando há a integração dos dados de muitos fornecedores”.
Atualmente, estamos focados em nossa base de mais de 1.600 clientes na América Latina, começando pelo Brasil, onde já temos o Tasy implantado. O lançamento no Brasil será feito este ano, e a partir de janeiro do ano que vem, vamos lançar no México. Já temos também o lançamento previsto na Colômbia. O foco inicial será o Brasil, seguido pelo México e, posteriormente, pela Colômbia.
Quando se considera a América Latina como um todo, e depois o Brasil especificamente, como vocês lidam com os desafios regionais que surgem em cada contexto? Quais estratégias a Philips tem adotado para superar essas questões?
Caroline Zago: Um palestrante no Connected Day comentou que existem muitos Brasis dentro do Brasil, e esse é um ponto crítico para o avanço da tecnologia e da digitalização no setor de saúde. Temos regiões do país, por exemplo, onde a tecnologia 5G ainda não foi completamente implementada. Além disso, atendemos muitos clientes pequenos, como hospitais menores e até alguns hospitais públicos, que vêm até nós pedindo ajuda. O MDI, de fato, precisa dessa infraestrutura de rede para que os dados sejam capturados e fiquem disponíveis. Portanto, sim, o Capsule já está sendo lançado para o Brasil inteiro, mas temos um momento inicial que chamamos de assessment. Esse processo envolve ir até o cliente, verificar quais são os fornecedores com os quais eles trabalham, para garantir que estejam dentro da lista de 1.100 fornecedores. Uma segunda análise que fazemos é a de infraestrutura dos nossos clientes: se a infraestrutura de rede, servidores e gestão de dados do cliente permite que possamos implementar a solução, já que isso varia de forma significativa pelo Brasil.
E como a Philips tem superado as desigualdades regionais no país, como a falta de infraestrutura 5G, para implementar soluções tecnológicas no setor de saúde?
Caroline Zago: Quando olhamos para as regiões Sul e Sudeste, vemos que já são amplamente servidas. No entanto, quando analisamos as regiões Norte e Nordeste e Centro-Oeste, observamos que estas ainda apresentam desafios significativos. As regiões Sul e Sudeste têm infraestrutura para uma solução como o Capsule, mas as regiões Norte e Nordeste demandam um plano de ação. Junto com a nossa equipe jurídica e de relacionamento com o governo, estamos trabalhando para ajudar os clientes dessas regiões, mostrando o volume de clientes que temos, a fim de acelerar a instalação da infraestrutura necessária para a digitalização dos hospitais.
A Philips tem planos de expandir suas parcerias com o governo brasileiro no próximo ano?
Caroline Zago: Sim, o investimento em clientes do governo, no setor público, é uma das nossas prioridades estratégicas para a área de Enterprise Informatics, que engloba todos os nossos produtos de digitalização, soluções em Cloud e Informatics, com destaque para Electronic Medical Records e Radiology Informatics – incluindo PACS, gestão de imagens, exames e armazenamento de dados. A Philips já possui uma posição muito forte no setor público, especialmente nas áreas de Health Systems e Equipamentos. Porém, quando se trata de digitalização, a ausência de uma política clara e de um plano nacional definido é um desafio. Isso é fundamental para que possamos entender melhor como a Philips pode contribuir de maneira mais eficaz.
Mas essa aceleração tem sido observada de maneira bastante significativa nos últimos anos?
Caroline Zago: Isso tem sido acelerado significativamente, e observamos os programas do governo, que agora possuem uma agenda de digitalização e informatização para os próximos 10 anos no setor de saúde.
“Vimos movimentos importantes, como a digitalização do SUS, com a implementação de soluções web e a digitalização da documentação, o que já representa um grande avanço. O que estamos fazendo é acompanhar de perto essa agenda para contribuir, fornecendo informações sobre as soluções da Philips e como podemos agregar valor e adaptar nossas soluções a essa agenda”.
Temos alguns casos de sucesso, como o Hospital Mboi Mirim, além da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que abrange 15 hospitais, sendo que em sete deles já implementamos nossas soluções, incluindo o Tasy, os Prontuários Eletrônicos e a Gestão de Workflow. Eu diria que o Hospital Mboi Mirim e Fhemig foram dois grandes clientes que nos mostraram que nosso produto atende perfeitamente às necessidades do governo. Além disso, a colaboração estreita com o governo foi fundamental para o sucesso desses projetos. O grande diferencial do nosso sucesso nesses editais foi justamente desenhar o processo com o cliente, envolver nossa equipe de consultoria para adaptar a implementação do nosso produto e os módulos de processos dentro das nossas soluções, de forma que atendam às necessidades específicas do governo. Hoje, com os resultados desses dois clientes, o que queremos agora é transformar esses aprendizados em parte dos nossos processos, para avançar com outros clientes do governo nos próximos dois a três anos.
Você tem percebido uma abertura e um diálogo eficaz por parte do governo para avançar com esses projetos de digitalização e informatização no setor de saúde?
Caroline Zago: Sim, eu sinto que sim, especialmente porque há profissionais com o know-how necessário e uma necessidade clara. Além de uma agenda, temos profissionais altamente capacitados. Quando trabalhamos com o governo, essa conversa envolve tanto o aspecto da infraestrutura quanto os fluxos de trabalho e processos que o governo deseja implementar. Ter uma equipe bem treinada para dialogar com a nossa equipe de tecnologia é um fator crítico para o sucesso do projeto com o governo.
Quais outras soluções da Philips, além do Tasy, você gostaria de destacar e compartilhar, especialmente aquelas que têm se mostrado eficazes no setor?
Caroline Zago: Além do Tasy, da nossa solução de EMR e da nossa solução de PACS em Radiology Informatics, o MDI é, sem dúvida, um dos maiores impulsionadores de transformação e impacto nos hospitais. Além disso, temos também as soluções de Clinical Informatics Insights e de Clinical Cardiovascular Support. Esses três produtos possuem diversas funcionalidades, com o objetivo de integrar melhor os dados dos pacientes diretamente nos equipamentos. Esse é apenas um exemplo de como a tecnologia pode otimizar a realização dos exames, ampliando a disponibilidade de agendas para mais pacientes. Um dos objetivos da Philips é alcançar 2,5 bilhões de pessoas até 2030, e sem esses potencializadores, como o iCAP, que ajudam os clientes a economizar tempo nas agendas, isso não seria possível. A nossa solução cardiovascular, disponível para equipamentos de ultrassom, é outro exemplo de como inovamos. Esses produtos são vendidos em conjunto com a nossa área de Health Systems. No setor de cardiologia, que representa um grande volume de despesas na saúde globalmente, nossa solução não só melhora a acurácia na identificação de problemas cardíacos nos exames de ultrassom, mas também acelera a captura de imagens, garante mais clareza e proporciona maior assertividade nos resultados dos exames. Essas duas soluções são, sem dúvida, muito importantes. Dentro da área de Enterprise Informatics, gostaria de destacar também duas outras soluções que considero essenciais. A primeira é o Speak to Recording, uma solução de inteligência artificial (IA) que permite aos médicos realizar gravações de voz. Todo o conteúdo é automaticamente digitalizado e transformado em relatórios, além de possibilitar ações como a adição de informações no prontuário ou a solicitação de novos exames. Essa IA facilita o processo ao permitir que o médico não precise digitar enquanto interage com o paciente. Além da digitalização, o sistema conta com uma inteligência artificial por trás que, além de transcrever, já direciona o conteúdo para a tomada de decisões e recomendações clínicas. Isso acelera significativamente o tempo da consulta e, o mais importante, permite que o médico se concentre totalmente na conversa com o paciente, sem a preocupação de registrar tudo manualmente.
Como a Philips garante que suas soluções, focadas no médico e no paciente, atendam às necessidades e desafios enfrentados por esses públicos na saúde?
Caroline Zago:
“Com as soluções, a estimativa é de uma redução de 40% no tempo das consultas, pois o médico deixa de gastar tempo digitalizando informações e passa a dedicar esse tempo à conversa com o paciente, o que também diminui o estresse do profissional. No final da consulta, ele apenas revisa o que foi registrado e confirma, gerando automaticamente a prescrição médica. O paciente pode acessar essa prescrição pelo celular, que pode incluir novos exames ou medicamentos, facilitando a compra de medicamentos ou a realização de exames recomendados”.
Além disso, temos a solução Ambient Experience, que, no computador, traz automaticamente todo o histórico do paciente durante a consulta. Os dados são integrados à conversa com o paciente, sem a necessidade de o médico usar um microfone. No caso da primeira solução, o Voice Recorder, o médico pode estar, inclusive, andando pelo hospital, em uma sala de cirurgia ou numa consulta médica, e tudo será gravado. Já no segundo, o Ambient Experience, nossa solução de IA, é focada dentro da sala de consulta médica, onde o computador, com um dispositivo de som, capta a voz tanto do paciente quanto do médico. Então, são duas soluções totalmente focadas em economizar o tempo do médico, seja na digitação, na busca de prontuários ou na procura por exames. Um indicador que mensuramos constantemente durante a consulta ou em qualquer procedimento hospitalar é o número de cliques. Com o Ambient Experience, já confirmamos uma redução de quase 60% no número de cliques, pois o médico não precisa mais procurar manualmente; ele ativa todas essas buscas por meio do Voice Recorder. Essas soluções já estão automatizadas e disponíveis para toda a América Latina. Já temos implementações em alguns hospitais, e é muito interessante divulgar isso aos nossos clientes, pois demonstra como podemos otimizar processos e melhorar a experiência de trabalho dos médicos.
Como vê o futuro da saúde nos próximos cinco anos? Acredita que conseguiremos superar as barreiras atuais e implementar as mudanças necessárias para transformar o setor?
Caroline Zago: Eu sou otimista, então vejo a Philips como um facilitador, permitindo que nossos clientes e as consolidações aconteçam sempre com o objetivo de oferecer mais acesso à saúde. O objetivo da Philips é atender mais pacientes, e trabalhamos com a meta de alcançar 2,5 bilhões de pacientes até 2030. Sendo esse facilitador, vejo os movimentos de crescimento orgânico e aquisições se desenrolando de forma diferente nos próximos anos. Não apenas entre hospitais, mas também com aquisições em tecnologia e soluções. Inclusive, acredito que as parcerias público-privadas (PPPs) terão um papel crucial nesse crescimento. A Philips já tem uma PPP bem-sucedida na Bahia, e vejo esse movimento crescendo, com um impacto significativo na aquisição de novas tecnologias. Além disso, acredito que os hospitais terão uma estrutura muito mais robusta para adquirir e implementar essas inovações.
E como você enxerga a consolidação de projetos de parcerias público-privadas nos próximos anos, especialmente no setor da saúde?
Caroline Zago: Eu vejo o governo com uma agenda muito mais assertiva e acelerada, o que vai ajudar bastante. Também vejo a consolidação de projetos de parcerias público-privada. Na nossa visão, essas são as áreas onde temos os melhores cases de sucesso e business cases. Pode ser que outros movimentos influenciem isso, mas, para nós, essas áreas são fundamentais: os hospitais se estruturando para ter equipes robustas de tecnologia e a consolidação público-privada. Vejo a Philips como um inovador nesse contexto. Acredito que, se pudermos trazer soluções que ajudem nossos clientes a se tornarem mais fortes e ágeis, teremos um impacto significativo. Vejo, também, o governo como criador de infraestrutura e regulamentação para permitir esse avanço. Acredito que esses elementos precisam estar alinhados para promover uma mudança significativa. Na América Latina, vejo que esse tema está sendo amplamente discutido.
“Considero importante a maior abertura tanto do setor privado quanto do público para discussões sobre como acelerar a tecnologia. Hoje, vejo essa discussão como uma prioridade, especialmente no setor público”.
E outro ponto importante é a agenda de privacidade de dados e controle de dados, que também é uma preocupação dos clientes, tanto do setor privado quanto do público. Estamos trabalhando para lançar, muito em breve, um produto focado em privacidade de dados e segurança. Então, se você me perguntar, além da fragmentação de dados, como resolver esse problema, eu diria que a segunda maior preocupação do setor de saúde é a privacidade de dados.
Recebar nossa Newsletter

NATALIA CUMINALE
Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.