Um assunto que vem sendo bastante discutido na área da saúde, mas que ainda é polêmico, é a cannabis medicinal. A discussão não é recente e permeia o mundo todo. Mas conta com algumas novidades, como a disponibilidade do tratamento via SUS e alguns avanços na regulamentação de seu uso no país. Esse é o tema do mais recente episódio de Futuro Explica.

A cannabis medicinal é um termo que se refere aos medicamentos feitos à base de canabidiol e tetrahidrocanabinol, duas das cerca de 500 substâncias da planta cannabis sativa – mesma utilizada para a produção da droga ilegal no Brasil. Os primeiros registros do uso da cannabis para fins medicinais foram feitos há milhares de anos. O tratamento se popularizou principalmente pela Ásia e Oriente Médio, onde a planta era usada para alívio de dores e do estresse. 

De modo geral, até hoje, as substâncias canabinóides ainda são indicadas aos pacientes quando o tratamento convencional não surte efeito. Na indústria farmacêutica, funciona como analgésico, sedativo e anticonvulsivo. A grande questão, porém, é que a indicação de produtos derivados da cannabis ainda enfrenta a falta de uma comprovação científica robusta, o que preocupa tanto os médicos quanto os órgãos reguladores.

No Brasil, a discussão sobre a regulamentação e a disponibilidade da cannabis medicinal é um assunto de anos. Atualmente, 25 produtos de cannabis são aprovados pela Anvisa. Mas o mercado ainda aguarda uma revisão da regulamentação agora, para 2024. As expectativas se concentram na autorização do cultivo da cannabis em território brasileiro e o incentivo a novas pesquisas.

Embora os produtos derivados de cannabis tenham crescido 304% no Brasil em 2022, o alto preço desses produtos ainda é uma das principais dificuldades enfrentadas por aqueles que necessitam desses medicamentos, podendo chegar a 2.500 reais nas farmácias convencionais.

Confira o episódio a seguir: