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Atenção ao câncer de mama e aos tumores ginecológicos

Em seu mais recente artigo ao Futuro da Saúde, Fernando Maluf fala da conscientização do câncer de mama e da importância do cuidado integral da mulher

               
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Câncer de mama - Fernando Maluf
Foto: Adobe Stock Image

O Outubro Rosa é, com toda certeza, a campanha de awareness sobre câncer mais bem sucedida. Neste mês, tudo ganha tons de pink no real e no virtual. A onda rosa cobre desde os edifícios e monumentos mais importantes em todo o mundo, até as páginas das redes sociais de celebridades. Falar sobre o câncer de mama é muito relevante porque este é o tumor mais incidente no planeta e também no Brasil.

Por ano, aqui no país, cerca de 18 mil mulheres morrem por conta da doença. A campanha de conscientização reforça, há décadas, a importância de a mulher ter atenção às mamas, fazer os exames de rotina que inclui a mamografia e, quando necessário, a ultrassonografia a partir dos 40 anos de idade anualmente. E, fundamental, ajuda a desmistificar alguns tabus sobre a doença.

O principal deles pode ser a necessidade de falarmos abertamente sobre outros tumores femininos, muitas vezes igualmente graves, e que também merecem igual atenção. A cada ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 30 mil brasileiras recebem o diagnóstico de tumores ginecológicos. São tumores de colo de útero, ovário, endométrio, vagina e vulva. Doenças que têm um grande impacto na vida da mulher.

Estes cânceres são, muitas vezes, silenciosos, sem sinais facilmente identificáveis. Característica geral que faz com que o diagnóstico chegue tardiamente, comprometendo o sucesso dos tratamentos.

E é esta a realidade que precisamos mudar: a mulher precisa ser cuidada de forma integral. O câncer de colo de útero, por exemplo, é o terceiro mais frequente na população feminina, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. No entanto, é um tumor evitável pela vacinação contra o HPV e rastreável, com o exame Papanicolau.

A imunização também é importante para evitar os casos de tumores de vagina e vulva. E, para aqueles que não há métodos estabelecidos de rastreamento, a atenção aos sinais do corpo, como uma pressão, dor ou inchaço local, bem como a mudança do hábito intestinal, podem indicar que está na hora de procurar orientação médica.

No final de setembro, o Instituto Vencer o Câncer lançou o livro Vencer o Câncer Ginecológico, do qual tenho o prazer de ser um dos organizadores, ao lado dos colegas oncologistas Graziela Dal Molin e Henrique Helber. Com o auxílio de uma equipe de profissionais renomados, abordamos os diversos aspectos destes tumores de forma clara e acessível, com foco na informação de qualidade para a prevenção, o diagnóstico precoce e o melhor cuidado de cada paciente.

A publicação está disponível para download gratuito no portal do Instituto (www.vencerocancer.org.br). Temos, como missão, levar o conhecimento ao maior número de pessoal possível, para que possamos evitar, tratar e cuidar melhor todas as mulheres, todos os tons de rosa, o ano todo!

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