Aplicativos para atividades físicas: como os apps estão mudando a forma de fazer exercício

Aplicativos para atividades físicas: como os apps estão mudando a forma de fazer exercício

Em um mundo crescentemente conectado e digitalizado, a busca por

By Published On: 15/04/2024

Em um mundo crescentemente conectado e digitalizado, a busca por bem-estar e saúde tem encontrado nos aplicativos para atividades físicas um aliado tecnológico. Esses softwares, desenvolvidos para smartphones, tablets e dispositivos vestíveis, emergiram como ferramentas que ajudam pessoas de todas as idades a iniciarem, manterem ou intensificarem seus exercícios diários. 

Seja por meio de tutoriais de treino, monitoramento da frequência cardíaca, contagem de passos ou até mesmo aulas completas de yoga ou meditação, os aplicativos tornaram-se indispensáveis para muitos que buscam uma vida mais ativa. Eles também refletem uma mudança cultural na percepção das pessoas sobre saúde e exercícios físicos. Em uma era onde o sedentarismo se torna uma preocupação crescente, essas ferramentas tecnológicas oferecem soluções práticas para quem deseja um estilo de vida mais saudável, independentemente do tempo ou local.

Panorama geral do mercado de aplicativos para atividades físicas

Segundo relatório publicado pela Allied Market Research, o mercado global de fitness online foi avaliado em $14,9 bilhões em 2022. A empresa estima que o setor alcance $250,7 bilhões até 2032, crescendo a uma taxa de 32,7% ao ano na próxima década.

De acordo com o estudo, a indústria de fitness online testemunhou um aumento súbito a partir de março de 2020, devido à necessidade de distanciamento social e o “fique em casa” provocados pela pandemia de Covid-19. Com isso, o número de consumidores desse mercado assistindo a aulas ou treinos semanais online ao vivo passou de 7% em 2019 para 85% no ano seguinte em todo o mundo.

Em 2021, segundo relatório da Health Club Industry Data & Consumer Trends, quase 38% dos consumidores nos EUA começaram a usar serviços de treino online durante a pandemia e planejavam continuar a usá-los no futuro.

No Brasil não foi muito diferente. Segundo uma pesquisa da AppsFlyer, o uso de aplicativos de exercícios aqui no país também foi impulsionado consideravelmente durante a pandemia. Nos três primeiros meses de 2020, o aumento nas instalações desses apps foi de 226%, com um crescimento de 116% nas instalações orgânicas, ou seja, sem publicidade paga. Já em 2021, embora mais moderado, o avanço foi de 63% nas instalações totais e 30% nas orgânicas.

O estudo mostrou que, no Brasil, 75% dos usuários desses aplicativos são mulheres, e a faixa etária mais engajada varia entre 25 e 34 anos. Além disso, os downloads são mais populares em metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Mercado no pós-pandemia

Recentemente, também se tem verificado uma adesão maior aos serviços baseados em assinatura virtual em todo o mundo. Eles oferecem acesso a treinadores e professores experientes, mesmo que geograficamente não estejam localizados no mesmo lugar. 

No entanto, é o segmento híbrido que deve testemunhar o maior crescimento até 2032, segundo a consultoria. Isso devido à sua capacidade de alcançar uma variedade de clientes.

Outros fatores que contribuem para o crescimento do mercado

Diversos fatores contribuem para esse crescimento do mercado de aplicativos para atividades físicas. Primeiramente, o aumento da consciência sobre os benefícios do exercício regular provocaram uma demanda por soluções práticas para manter-se ativo. Desse modo, os aplicativos de atividades físicas atendem a essa demanda, oferecendo conveniência e flexibilidade.

Além disso, o avanço tecnológico em dispositivos móveis e vestíveis potencializou a eficácia dos aplicativos. A integração com relógios inteligentes e outros dispositivos de monitoramento permite que os usuários rastreiem seu progresso, estabeleçam metas e recebam feedback em tempo real.

Empresas e organizações de saúde também reconhecem o valor dos apps. Muitas delas começaram a incorporar essas ferramentas em seus programas de bem-estar. Assim, incentivam os funcionários a se manterem ativos e saudáveis. 

Além disso, tanto grandes empresas de tecnologia como marcas famosas ligadas ao esporte passaram a oferecer aplicativos. Um exemplo é o Apple Fitness+, um serviço de assinatura de virtual desenvolvido para o Apple Watch e compatível com iPhones, iPads e Apple TV. Já marcas como a Nike oferece aplicativos e treino, engajando seus consumidores.

Ainda, a diversidade de aplicativos para atividades físicas disponíveis reflete a vasta gama de necessidades e interesses dos usuários. Existem apps focados em treinamento de força, corrida, yoga, meditação, entre outros. Muitos oferecem versões gratuitas com opções de assinaturas premium, que proporcionam recursos adicionais.”

Como os aplicativos podem impulsionar a prática de exercícios

Um dos principais obstáculos à prática regular de exercícios é a falta de motivação. Aqui, os aplicativos de atividades físicas desempenham um papel vital. Eles oferecem recursos que permitem aos usuários definir, rastrear e avaliar suas metas pessoais. 

Alguns aplicativos monitoram a frequência cardíaca em tempo real e estimam calorias queimadas, auxiliando no controle do peso. Eles também fornecem bibliotecas extensas de exercícios, com vídeos demonstrativos, garantindo a correta execução dos movimentos. 

Seja para perder peso, ganhar massa muscular ou manter um estilo de vida saudável, os aplicativos fornecem feedbacks constantes, mostrando progressos e áreas a serem melhoradas. Muitos apps também incorporam sistemas de recompensas, com medalhas ou conquistas virtuais. Ou seja, incentivam os usuários a permanecerem ativos e a alcançarem seus objetivos.

Além disso, outro desafio para muitos é saber por onde começar ou variar os exercícios. Os aplicativos para atividades físicas resolvem esse problema ao oferecer uma ampla variedade de treinos e programas. 

Essas rotinas podem ser personalizadas conforme o nível de condicionamento, preferências e objetivos do usuário. Muitos ainda vêm com vídeos instrucionais, para que os exercícios sejam realizados de forma segura e eficaz.

A sincronização com dispositivos wearables e acessórios aprimora a precisão do rastreamento e a experiência do usuário. Com isso, a personalização se torna um destaque. Os usuários podem estabelecer objetivos específicos, receber rotinas de treino personalizadas e obter feedbacks.

Por fim, a jornada fitness pode, às vezes, ser solitária. No entanto, a experiência se torna muito mais recompensadora quando compartilhada com outros. Muitos aplicativos para atividades físicas incorporam recursos de rede social. Assim, permitem que os usuários se conectem, compartilhem seus progressos e participem de desafios coletivos, o que amplifica o comprometimento com a prática regular de exercícios.

Saiba mais sobre os dispositivos vestíveis e o seu potencial para a saúde no vídeo abaixo:

 

Redação

Equipe de jornalistas da redação do Futuro da Saúde.

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NATALIA CUMINALE

Sou apaixonada por saúde e por todo o universo que cerca esse tema -- as histórias de pacientes, as descobertas científicas, os desafios para que o acesso à saúde seja possível e sustentável. Ao longo da minha carreira, me especializei em transformar a informação científica em algo acessível para todos. Busco tendências todos os dias -- em cursos internacionais, conversas com especialistas e na vida cotidiana. No Futuro da Saúde, trazemos essas análises e informações aqui no site, na newsletter, com uma curadoria semanal, no podcast, nas nossas redes sociais e com conteúdos no YouTube.

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  • Isabella Marin Silva
    Isabella Marin

    Jornalista formada pela Escola de Comunicações e Artes da USP, passou pela área de Comunicação da Braskem e atuou com Jornalismo de Dados na empresa Lagom Data. Integra o time como repórter do Futuro da Saúde, onde atua desde março de 2024.

  • Sidney Klajner

    Cirurgião do Aparelho Digestivo e Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Possui graduação, residência e mestrado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, além de ser fellow of American College of Surgeons. É coordenador da pós-graduação em Coloproctologia e professor do MBA Executivo em Gestão de Saúde no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Einstein. É membro do Conselho Superior de Gestão em Saúde, da Secretaria de Saúde do Estado de S. aulo e coautor do livro “A Revolução Digital na Saúde” (Editora dos Editores, 2019).

  • Isabella Marin Silva
    Isabella Marin

    Jornalista formada pela Escola de Comunicações e Artes da USP, passou pela área de Comunicação da Braskem e atuou com Jornalismo de Dados na empresa Lagom Data. Integra o time como repórter do Futuro da Saúde, onde atua desde março de 2024.

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